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- Categoria: Autarquia
- Última Atualização: 28 Julho 2014
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A população
A extinta freguesia de São Brás tinha uma área de 518,8 HA, e a maior população residente(20 694 hab.) do concelho da Amadora. Tinha uma densidade populacional de 39,9 hab/km2. Na maioria das freguesias do concelho, verifica-se uma descida da população residente entre 1991 e 2001 e em S. Brás, houve um aumento de população entre 2 e 10%.
A população de São Brás apresenta a estrutura etária mais jovem do concelho sendo os grupos etários dos 20 aos 29 e dos 40 aos 49 anos, aqueles que têm maior expressão.
A população de S. Brás vive do comércio, dos serviços e da indústria de confeção, havendo, no entanto, alguma expressão nas profissões liberais. O comércio é constituído na sua maioria por pequenas empresas ligadas ao sector alimentar: supermercados, talhos, cafés, alguns restaurantes; empresas de venda e reparação de automóveis, estabelecimentos de moda, papelarias, lojas de móveis e eletrodomésticos.
Em 2000/2001, foi construído, em frente à Escola B. 2,3 de Miguel Torga e posteriormente à Escola Básica 1 da Boba (atual EB1 Ricardo Alberty) o bairro social do Casal da Boba, para realojamento de famílias de três bairros degradados: Fontainhas, Bairro Azul e Alto dos Trigueiros, facto que acabou por modificar a composição sociocultural, quer da população da freguesia, quer das escolas.
Metade do número de fogos foi atribuída a famílias de baixo estrato socioeconómico, muitas delas imigrantes das ex-colónias portuguesas (sobretudo de Cabo Verde). A sua transferência de três zonas diferentes para um mesmo local tornou ainda mais difícil a adaptação destas pessoas, que se viram confrontadas com grandes mudanças quer ao nível dos espaços que têm de partilhar quer das relações interpessoais, entre outras. Este bairro rapidamente passou a ser identificado e representado como um "gueto" onde vive uma população de baixos recursos económicos, "conotada" com exclusão social e económica. A maior parte da população ativa trabalha na construção civil, na indústria e nos serviços de limpeza doméstica. Alguns agregados familiares, encontram-se mesmo em situação de desemprego, vivendo do Rendimento Social de Inserção.
A população mais jovem apresenta alguns problemas: maior abandono escolar, indícios de consumo e tráfico de estupefacientes, comportamentos de risco, uso da violência, ausência ou inadequação de práticas parentais, entre outros.
As raízes culturais da sua população aparecem mais diluídas em virtude de a população ser predominantemente "imigrante" de segunda e terceira geração.